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    ANÁLISE 2017 - Ganadarias


    Augurava-se um ano difícil e com pouca abundância de toiros no início de temporada mas no final de contas, o número de toiros de ganadarias portuguesas lidados em 2017, superou o da temporada passada.

    O momento que atravessa a cabana brava nacional é interessante e com aspirações a outros palcos no mundo, com algumas ganadarias a projectarem um futuro que se crê ser de êxito. O único senão, é o facto de apenas meia dúzia de ganadarias se poderem incluir nas características acima referidas.

    Talvez um pouco afectados pela ‘febre dos indultos’ que se vive em Espanha, presenciámos também por cá vários momentos de triunfalismo fácil e demasiados lenços azuis, tantas vezes injustificados, mas também, tantas vezes esquecidos quando eram merecidos. 

    A prestigiada ganadaria Murteira Grave, quiçá a que possui maior cartel em Portugal nos últimos tempos, voltou a ter uma temporada de destaque e seriedade, vencendo a maior parte dos concursos de ganadarias onde participou. A sua inclusão nos cartéis motiva muito interesse não só nos aficionados, como ao público em geral, justificando-se com o que os animais deixam na arena. A ganadaria alentejana vai aos poucos voltando a ser comentada e requerida em Espanha, onde este ano voltou a lidar e a triunfar com uma corrida em Úbeda. Recordemos o bom curro da Feira Taurina em Abiul, o bonito e exigente lote de Lisboa, do bom toiro que salvou a Feira de Outubro em Vila Franca e o que logrou os dois prémios em Salvaterra, por exemplo. 2017 voltou a ser sem dúvida, mais um ano de bons "murteiras". 

    A ganadaria Palha, indiscutivelmente a de maior cartel no estrangeiro, tocou pêlo numa temporada importante para a divisa da Adema, com particular destaque por ser a única portuguesa a lidar em Madrid vários anos consecutivos e vencendo até o desafio ganadero no qual participou, com um importante toiro, por muitos considerado o melhor da temporada venteña. Em Portugal, lidou uma interessante corrida em Coruche e um encastado e bravo toiro no Campo Pequeno. 

    Sem atingir os números de 2016, a ganadaria Passanha voltou a ter uma temporada bastante positiva a todos os níveis. Ganadaria querida por todos os ginetes, e muitas vezes ansiada pelas figuras internacionais, não só quando actuam no nosso país como também além fronteiras. Lidou em Évora alguns toiros interessantes, e o curro que saiu em Lisboa foi um dos preponderantes para que a temporada do Campo Pequeno acabasse em crescendo. 

    Outras ganadarias houve, com mais ou menos constância de resultados, e que anos após ano seguem nos lugares cimeiros e vão mantendo o interesse no aficionado que aprecia e privilegia o toiro, justificando-se várias vezes como principal chamariz e cabeça de cartaz. Posto isto, é necessário frisar nomes como Veiga Teixeira, Canas Vigouroux, Condessa de Sobral (com uma grande corrida na Nazaré e uma interessante novilhada em Las Ventas, primeira praça do mundo), Ascensão Vaz, Pinto Barreiros, Sommer D’ Andrade e Fernandes de Castro.