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    Noite de disposição no Montijo - com imagens


    Realizou-se na noite de sábado, 3 de Setembro, a Corrida de Toiros das Tertúlias Montijenses na Praça de Toiros Amadeu Augusto dos Santos, no Montijo, e que contou com meia casa forte de um público efusivo e muito metido com os 'seus' toureiros.

    Lidaram-se toiros das ganadarias de Paulino Cunha e Silva (1º, 3º e 5º), de (muito) escassa apresentação, e de Jorge Mendes (2º, 4º e 6º) mais compostos mas sem convencer (melhoras relativas). Em comportamento, tiveram jogo desigual mas sem complicarem, sendo o lidado em 3º o que mais poderia ter condicionado pela constante procura das tábuas.

    Nas lides equestres sentiu-se muita entrega por parte dos artistas, que evidenciaram argumentos face às características de cada toiro que lhes tocou em sorte.

    Depois de ter sido agraciado com a Medalha de Ouro do Concelho do Montijo, Luís Rouxinol “medalhou-se” ainda mais naquela noite com aquilo que sabe fazer, tourear. Andou arrimado no primeiro, uma rês de pouco trapio, com 445 kg, córnea fechada, nobre mas de pouca transmissão frente à qual fez uso do Douro e dos ladeios ajustados, para manter ligação. Correcto com a ferragem, rematou actuação com o exigível par de bandarilhas.

    No segundo do seu lote, Rouxinol mudou a melodia, e dos ladeios passou a um toureio com mais verdade. O toiro de Jorge Mendes, com 465 kg, saiu com pata, adiantando-se ligeiramente e a emparelhar-se na perseguição à montada. A ‘Viajante’ voltou a ser a arma secreta do cavaleiro de Pegões, que dando vantagens, via encurtada a distância com a investida da rês, e a égua a aguentar para que o cavaleiro deixasse de forma vibrante a ferragem da ordem e de onde se destacam o 2º e 4º curtos. Nem sempre foi solvente Luís Rouxinol, com uma passagem em falso e um ferro falhado pelo meio, mas foi actuação de muita raça e rematada com dois palmitos de excelente nota. 

    Filipe Gonçalves também não deixou os créditos por mãos alheias e andou entregue toda a noite. Frente ao primeiro, um toiro com 450 kg, reservadote, o cavaleiro montou o Gucci para deixar três curtos cingidos e de grande nota. Mas foi o Xique que empolgou as bancadas com as suas ‘palmas’ e com o qual Gonçalves cravou um violino e um palmito.

    No segundo do seu lote, o cavaleiro algarvio recebeu com boa brega a saída alegre da rês de Cunha e Silva, com 450 kg e franca apresentação. Fez dos quiebros a metodologia, sendo bom o 1º e o 3º, mais cingidos. Com o Chanel as intenções foram mais rectas, mas aqui já o toiro se tinha rachado e perseguia menos.

    João Telles Jr. teve como primeiro do seu lote, uma rês de Paulino Cunha e Silva, com 450 kg, que saiu com pata mas após o 1º comprido, ‘doeu-se’ e revelou a mansidão na insistente procura de tábuas. Houve esforço e mérito do cavaleiro em resolver a papeleta com ferros a sesgo com reconhecimento das bancadas. 

    Frente ao último da noite, com 470 kg e de Jorge Mendes, Telles Jr. foi mais inconsistente de resultados, com algumas passagens em falso, ainda que cumpridor e facilmente metido com os tendidos. Rematou ofício com dois violinos e um palmito.

    Nas pegas, noite equilibrada para os três grupos em praça.

    Pelos Amadores do Ribatejo pegou André Martins que por duas vezes recuou imenso na cara do toiro para depois não se fechar, e só à terceira e mais assertivo consumou; e Rafael Costa numa pega rija à primeira tentativa.

    Pela Tertúlia Tauromáquica do Montijo pegou Luís Carrilho à segunda com eficácia, depois de um primeiro intento em que o toirio se arrancou com pata; e o cabo Márcio Chapa, que primeiro viu a rês baixar-lhe a cara e a não conseguir efectivar, consumando à segunda.

    Pelos Amadores do Montijo, José Suíças consumou à segunda tentativa, depois de no primeiro intento a reunião não ter sido consumada; e Ruben Pratas muito bem à primeira, com uma pega rija e correcta.

    Ao intervalo, houve ainda uma homenagem à memória do forcado António Gouveia, que honrou as jaquetas dos Amadores Lusitanos e dos Amadores do Montijo e que perdeu a vida há 25 anos colhido por um toiro na Monumental de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, Açores.

    Dirigiu a corrida com critério, o sr. Pedro Reinhardt, assessorado pelo veterinário Carlos Santos.










































































    Texto: Patrícia Sardinha
    Fotografias: Pedro Batalha